Casos nos Estados Unidos reforçam a importância do controle rigoroso de ovos e derivados também no Brasil
O recente surto de Salmonella Enteritidis nos Estados Unidos, que levou ao recall nacional de ovos orgânicos da August Egg Company e afetou 79 pessoas em sete estados, reacende o debate internacional sobre a segurança no consumo de ovos. A contaminação foi identificada por meio de rastreamento e sequenciamento genético, confirmando a origem única do patógeno nos produtos da empresa.
Entre os principais pontos críticos destacados pelo CDC e FDA estão o consumo de ovos em restaurantes e a ampla distribuição dos produtos em diversas redes varejistas, dificultando o controle imediato da contaminação. Isso mostra como falhas em uma única etapa da cadeia — como o processamento inadequado ou falhas em Boas Práticas de Fabricação — podem desencadear surtos em larga escala.
Embora o surto tenha ocorrido nos EUA, ele serve de alerta importante para os profissionais de alimentos no Brasil. Ovos são produtos amplamente consumidos em estabelecimentos comerciais e institucionais — e frequentemente utilizados crus ou malcozidos, como em maioneses, molhos e sobremesas.
Casos de surtos por Salmonella relacionados a ovos já ocorreram no Brasil, demonstrando que o risco é real.
Para reduzir os riscos, profissionais responsáveis pela segurança de alimentos devem garantir o cumprimento rigoroso de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e Programas de Pré-Requisitos (PPR), incluindo controle de fornecedores, verificação de procedência, armazenamento em temperatura adequada, higienização de ovos quando permitido, e cocção completa em preparações sensíveis.
Além disso, o uso de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) específicos para o manuseio de ovos e derivados é indispensável para prevenir contaminações cruzadas nas cozinhas profissionais.
O caso nos EUA reforça ainda a importância da rastreabilidade: identificar rapidamente a origem de um produto contaminado pode mitigar o impacto de um surto. Profissionais brasileiros devem revisar seus sistemas de rastreamento, incluindo registros de recebimento, controle de lotes e datas de validade, para garantir uma resposta rápida em caso de necessidade.
Além do surto de Salmonella Enteritidis vinculado a ovos nos Estados Unidos, outro episódio recente na Europa acende ainda mais o sinal de alerta: crianças na Alemanha e na Áustria adoeceram após consumir manteiga de castanha com framboesa contaminada. Trata-se de um produto pronto para consumo, de origem vegetal, e que normalmente não é associado a esse tipo de patógeno — o que torna a situação ainda mais preocupante.
Esses eventos internacionais mostram que a Salmonella continua sendo uma ameaça ampla, capaz de comprometer tanto alimentos de origem animal quanto vegetal. No Brasil, onde cresce o consumo e a produção de alimentos minimamente processados, artesanais ou “naturais”, o risco pode ser ampliado pela ausência de etapas de tratamento térmico e falhas em controles de higiene.
Portanto, a atuação dos profissionais de alimentos deve ir além do óbvio: todo produto que não passa por cocção antes do consumo deve ser tratado como potencial veículo de patógenos. Isso inclui não apenas ovos, mas também pastas vegetais, molhos crus, sobremesas refrigeradas e alimentos prontos para o consumo direto. Reforçar treinamentos, revisar POPs e garantir rastreabilidade são medidas indispensáveis para antecipar riscos — antes que se tornem surtos.
Fonte: https://www.foodsafetynews.com/2025/06/multistate-salmonella-outbreak-linked-to-eggs/
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