Em coletiva, ministro detalha respostas rápidas às ocorrências e medidas preventivas adicionais, incluindo suspensão temporária de produção de refrigerantes no Ceará
Durante coletiva realizada no dia 04/06, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reafirmou a solidez do sistema sanitário brasileiro diante da atual crise de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1). Segundo Fávaro, o governo tem mantido total transparência nas informações e tomado medidas céleres e coordenadas, assegurando a segurança alimentar e a proteção da cadeia produtiva.
O primeiro e único foco identificado em granja comercial foi rapidamente contido e segue sob controle. Conforme explicou o ministro, o Brasil já ultrapassou metade do período de vazio sanitário — totalizando 14 dias sem novos casos em produção comercial —, o que permite uma perspectiva otimista para o retorno gradual à normalidade nas exportações.
Mesmo com a rápida resposta, 21 países implementaram suspensões totais às exportações brasileiras de carne de aves, enquanto outros 15 restringiram as importações apenas para o estado do Rio Grande do Sul, e dois limitaram a importação ao município de Montenegro (RS). As negociações com esses mercados já foram iniciadas, incluindo tratativas com a União Europeia, China, México, Coreia do Sul e África do Sul.
Atualmente, o Brasil registra 69 casos confirmados de gripe aviária em animais silvestres, o que, segundo o próprio Ministério, não acarreta restrições comerciais. Além disso, há oito casos ainda em investigação, nenhum deles em granja comercial.
Fávaro aproveitou a ocasião para anunciar um marco histórico: o reconhecimento oficial do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A conquista, fruto de mais de seis décadas de esforços contínuos, deverá abrir novas oportunidades para a exportação de carne bovina, suína, ovina e caprina, fortalecendo ainda mais a imagem sanitária do país.
Em um segundo tema abordado na coletiva, o ministro informou a suspensão temporária e preventiva da produção de refrigerantes em uma indústria no Ceará. A medida foi tomada em conjunto com a própria empresa e o MAPA, após identificação de uma falha no sistema de resfriamento. Amostras dos produtos estão sendo analisadas em laboratório especializado para afastar qualquer possibilidade de risco ao consumidor. A substância envolvida no processo é etanol de grau alimentício, distinta de agentes tóxicos como o dietilenoglicol.
Para os profissionais que atuam na segurança de alimentos, inspeção sanitária e controle de qualidade, os episódios reforçam a necessidade de manter os Programas de Autocontrole (PAC), Planos de Contingência Sanitária, rastreabilidade rigorosa e comunicação rápida de não conformidades. A atuação preventiva e coordenada demonstrada nas ações oficiais serve de modelo de boas práticas para o setor privado.
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