Tecnologia permite identificação mais precisa e rápida de contaminantes microbiológicos, fortalecendo programas de segurança dos alimentos.
O Sequenciamento de Nova ou Próxima Geração (NGS, do inglês Next-Generation Sequencing) tem se consolidado como uma ferramenta para programas de segurança e controle de qualidade de alimentos. No Brasil, embora ainda seja pouco explorado, o NGS representa uma evolução em relação às técnicas tradicionais, como o PCR, ampliando a capacidade de detecção e rastreabilidade de contaminantes microbiológicos.
Atualmente, a maioria das indústrias alimentícias utiliza testes baseados em PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) para detectar micro-organismos. Embora eficaz, essa técnica possui limitações importantes, como possibilidade de falsos negativos ou positivos e a incapacidade de identificar variantes ou mutações em cepas não específicas.
O NGS supera essas limitações ao permitir a análise completa do genoma de contaminantes, possibilitando uma identificação mais precisa, inclusive de cepas modificadas, que podem indicar a origem da contaminação. A utilização do NGS contribui significativamente para reduzir riscos de recalls, evitar paralisações na produção e garantir a segurança do consumidor.
O NGS pode ser aplicado de diferentes formas nos programas de segurança de alimentos:
- Whole Genome Sequencing (WGS): ideal para rastreamento de surtos e investigações de causa raiz, proporcionando uma visão completa das características do microrganismo, como potencial patogênico e resistência a antimicrobianos.
- Metagenomics Sequencing (MS): permite o monitoramento ambiental e a detecção de contaminantes em amostras complexas, sem necessidade de cultura pura. É uma ferramenta estratégica para a prevenção de contaminações cruzadas em ambientes industriais.
- Targeted Next-Generation Sequencing (TNGS): foca na análise de marcadores genéticos específicos, sendo uma alternativa mais econômica e rápida para identificação de cepas, além de essencial para a liberação de produtos microbiológicos, verificando sua composição antes da comercialização.
Apesar do avanço do NGS em programas de vigilância sanitária em diversos países — na União Europeia, por exemplo, dois terços dos países-membros já utilizam essa tecnologia —, no Brasil, sua adoção ainda é incipiente. A adoção do NGS nos programas de autocontrole pode aprimorar significativamente a conformidade com os requisitos de segurança microbiológica dos alimentos.
Para o profissional de segurança dos alimentos, o NGS oferece a oportunidade de elevar o nível de vigilância microbiológica, reduzir o tempo de resposta em incidentes e implementar ações preventivas mais eficazes. A familiarização com as diferentes aplicações da tecnologia, bem como a integração com sistemas de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), são passos fundamentais para a modernização das práticas de segurança alimentar no país.
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