Detecção da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em Montenegro (RS) mobiliza medidas rigorosas de controle e impacta diretamente a avicultura comercial nacional
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) declarou, por meio da Portaria nº 795 de 15 de maio de 2025, estado de emergência zoossanitária no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, após a confirmação do primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em um estabelecimento de aves comerciais no Brasil. A medida tem validade inicial de 60 dias e cobre uma área de 10 km ao redor da granja afetada.
Até então, os registros da doença estavam limitados a aves silvestres. A confirmação deste novo foco em uma granja de reprodução representa um marco crítico na vigilância sanitária nacional, pois trata-se do primeiro caso registrado na cadeia produtiva comercial de frangos no país. A confirmação laboratorial foi feita pelo Laboratório Federal de Diagnóstico Agropecuário, em Campinas (SP).
A detecção do vírus H5N1 na avicultura comercial coloca em alerta todos os profissionais da área de alimentos, especialmente aqueles ligados à produção primária, inspeção sanitária, controle de qualidade e exportação. Uma das consequências imediatas foi o anúncio da suspensão temporária da compra de carne de frango brasileira pela China por 60 dias — uma medida que pode gerar impactos significativos nos fluxos comerciais e logísticos da cadeia avícola.
O Serviço Veterinário Oficial do RS (SVO-RS) já iniciou as ações previstas no Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária, com a eliminação das aves remanescentes e o isolamento da granja afetada. Também está sendo conduzida uma investigação complementar em um raio de 10 km para identificar possíveis conexões com outras propriedades. Há, ainda, registro de mortalidade em aves do Zoológico de Sapucaia do Sul, sob análise.
O MAPA e a Secretaria de Agricultura do RS reforçam que não há risco para a população no consumo de carne de aves ou ovos, desde que provenientes de estabelecimentos inspecionados. A transmissão da doença ocorre, geralmente, pelo contato direto com aves vivas infectadas ou seus fluidos corporais, sendo improvável em contextos domésticos comuns.
A ocorrência reforça a importância da implementação rigorosa de medidas de biosseguridade nas propriedades avícolas. Os profissionais devem revisar seus Procedimentos Operacionais Padrão (POPs), Programas de Prevenção e Higiene Operacional (PPHOs) e o plano de contingência para Influenza Aviária, assegurando o alinhamento com as normativas atualizadas do MAPA.
Segundo a ficha técnica da IAAP, as aves infectadas podem apresentar mortalidade súbita, sinais respiratórios e neurológicos, cianose, necrose na crista e barbela, além de queda de postura e deformidade nos ovos. Após a morte, são frequentes edemas, hemorragias e necrose em diversos órgãos. A detecção precoce desses sinais é essencial para a contenção da doença.
Diante do cenário, é imprescindível que as agroindústrias, granjas integradas, cooperativas e profissionais da área revisem seus protocolos internos de vigilância, monitoramento e resposta a emergências sanitárias. A atualização contínua sobre legislações e a capacitação técnica das equipes são fundamentais para garantir a segurança dos alimentos e a continuidade das exportações brasileiras.
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