Operação revela maquiagem de 800 toneladas de carne contaminada, expondo riscos à saúde pública e destacando falhas na rastreabilidade alimentar.
Um recente escândalo envolvendo um frigorífico e a empresa Tem Di Tudo Salvados, localizada em Três Rios (RJ), chamou a atenção para práticas que comprometem gravemente a segurança dos alimentos e a saúde dos consumidores. A Polícia Civil investiga o desvio de 800 toneladas de carne deteriorada, que, após uma enchente histórica no Rio Grande do Sul, deveriam ser destinadas à produção de ração animal, mas foram maquiadas e revendidas como carne nobre de origem uruguaia.
O material, contaminado por lama e água acumuladas no frigorífico de Porto Alegre, foi lavado, reembalado e distribuído para mercados e açougues de diversas regiões do país. A fraude não só expôs consumidores a sérios riscos sanitários, como também destacou a fragilidade no controle de rastreabilidade e boas práticas em toda a cadeia produtiva.
Casos como esse reforçam a necessidade de um sistema robusto de rastreamento e controle de qualidade em toda a cadeia produtiva. Frequentemente discutimos sobre programas de autocontrole, boas práticas de fabricação e a importância de seguir rigorosamente a legislação, como forma de garantir a integridade dos alimentos que chegam à mesa do consumidor.
A adulteração de carnes e outros produtos alimentícios não é apenas uma questão ética, mas também um crime grave que representa um sério risco à saúde pública. Produtos deteriorados podem abrigar micro-organismos patogênicos, como Salmonella e Escherichia coli, que colocam em perigo especialmente crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida.
O esquema foi desvendado quando produtores identificaram, pelas etiquetas das embalagens, que a carne descartada havia sido adquirida pela empresa Tem Di Tudo Salvados. A descoberta ocorreu por coincidência, já que um frigorífico que vendeu a mercadoria comprou de volta parte do lote, o que levantou suspeitas e levou à denúncia.
A investigação, liderada pela Delegacia do Consumidor (Decon-RJ), revelou ainda um lucro de mais de 1.000% para os envolvidos na fraude. Comprada por R$ 80 mil, a carne estragada foi revendida como produto nobre, gerando um faturamento milionário. Além disso, no comércio investigado, foram encontrados medicamentos vencidos, testes de Covid, cigarros e produtos de beleza em condições impróprias para uso.
Os responsáveis podem responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com penas severas previstas na legislação brasileira.
Como profissionais da área de alimentos, é nosso dever assegurar que toda a cadeia produtiva opere dentro das normas e diretrizes estabelecidas. O investimento em capacitação, boas práticas e cumprimento da legislação é a melhor forma de proteger o consumidor e preservar a reputação do setor.
Para saber mais sobre como evitar fraudes alimentares e garantir a qualidade dos seus produtos, explore nossos conteúdos exclusivos no Alimentos Online. Juntos, podemos construir um mercado mais ético e seguro para todos.
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